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Grupo Graiche lança E-book em inciativa inédita no setor imobiliário e lembra que “não são as pessoas que são deficientes, mas sim, os lugares
Garantir a acessibilidade de locais é, muitas vezes, ato feito para vias de cumprimento de legislação. A questão, no entanto, vai muito além e, inclusive, são outros os principais pontos a serem pensados ao investir nisso. A acessibilidade é condição para a cidadania e para a humanização.
“Permitir que todas as pessoas frequentem e utilizem adequadamente os espaços é parte essencial para a justiça social e deve estar no centro das políticas de inclusão e diversidade, sejam do Estado ou das organizações civis. Nesse sentido, os condomínios, que reúnem em um mesmo espaço tantas pessoas, com diferentes particularidades, também têm seu papel”, fala Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche. empresa que administra mais de 850 condomínios, com 110 mil unidades.
O Grupo Graiche acaba de lançar um E-book, em iniciativa inédita no setor imobiliário, com ampla abordagem sobre a acessibilidade nas unidades condominiais.
O conteúdo do material tem como objetivo estimular todos os agentes condominiais – síndicos, zeladores, conselheiros, prestadores de serviços e condôminos – a ter um olhar especial sobre a questão.
Isso porque tornar um lugar acessível não envolve um público específico; envolve a todos, afinal, em algum momento, mesmo aqueles que não tenham uma condição permanente, podem ter a mobilidade reduzida temporariamente.
“Uma perna quebrada, um procedimento cirúrgico, convalescenças variadas, uma gestação, o bebê no colo ou no carrinho e, uma questão natural da vida: o envelhecimento. Todas essas situações se incluem na questão da acessibilidade”, salienta Luciana.
Mobilidade reduzida pode atingir a todos
A atenção ao idoso, aliás, se faz cada vez mais necessária. No Brasil, existem, aproximadamente, 35 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Em 2050, serão quase 70 milhões – 30% da população.
Com a expectativa de vida cada vez mais crescente, o avanço da idade traz o declínio nas habilidades físicas, na visão, audição e locomoção. “E tudo isso vai prejudicar a mobilidade, mais cedo ou mais tarde”, fala a vice-presidente do Grupo Graiche.
“Também são prioritários outros quase 20 milhões de cidadãos, vários também com mais de 60 anos, com algum tipo de deficiência física e/ou intelectual, que limita os movimentos de forma permanente. São pessoas que dependem de instrumentos que viabilizem a acessibilidade para exercer plenamente a cidadania que os condomínios têm obrigação de oferecer”, completa.
Luciana lembra, ainda que a mobilidade reduzida de uma pessoa impacta várias outras ao redor. “São pais, filhos, irmãos, maridos, esposas, enfim, pessoas que apoiam familiares com dificuldades para ir e vir. E tem, também, aquele amigo, uma visita, que não pode subir as escadas de um condomínio que não tem rampa, por exemplo ou, ainda, pessoas com nanismo. O condomínio é para todos e a acessibilidade também”.
Planejamento para um projeto de acessibilidade no condomínio
Todos os espaços comuns do condomínio devem ser acessíveis e permitirem a circulação e o uso de maneira segura e autônoma. “É importante lembrar que não bastam os dispositivos de acessibilidade existirem, eles têm que funcionar”, frisa Luciana. Como cada condomínio tem as suas particularidades, é fundamental que um especialista faça os projetos e crie soluções personalizadas, pois em todos os casos algum tipo de facilidade tem que ser criada. As ações passam por elevadores, banheiros, vagas de garagem, portas, elevadores, piso (tátil) e também pelo lazer.
“Para se ter um envelhecimento saudável, é preciso considerar o ambiente e o estilo de vida ativo, com atividades de lazer. Então, as áreas voltadas a essa finalidade precisam ser acessíveis aos idosos e às pessoas com limitações físicas. Com as adaptações feitas, uma boa iniciativa é buscar instrutores e recreadores especializados para incentivar a prática de esportes, além de estimular a participação nos eventos do condomínio”, sugere.
“Com os familiares trabalhando ou ausentes por estarem em outras tarefas, muitos idosos se sentem sozinhos, e, dessa maneira, além de promover o acesso e a segurança, a gestão vai garantir a inclusão de verdade. Como diz uma frase, o acesso é convidar para a festa e a inclusão é chamar para dançar”, acrescenta.
Treinamento e empatia para tornar seu condomínio acessível
A vice-presidente do Grupo Graiche pontua que promover a acessibilidade nos condomínios não é uma tarefa simples, principalmente nos mais antigos, já que exige investimento considerável e um período de obras que traz transtorno para todos.
No entanto, ela frisa que as adaptações não consistem só no ato de investir, mas também em pequenas mudanças, especialmente treinamento dos gestores, prestadores de serviços e demais pessoas que compõem a engrenagem condominial, lembrando que a empatia e o respeito a todos que ali vivem devem ser a base de toda e qualquer ação. “As ações voltadas à acessibilidade requerem um planejamento de curto, médio e longo prazo, e a maneira ideal de realizar o empreendimento é com o engajamento de todos. Por isso, é importante criar uma cultura de acessibilidade entre os funcionários e os moradores, de modo que cada um tenha o entendimento de que as adaptações não são apenas uma obrigação, mas o certo a ser feito”, destaca.
“O Grupo Graiche vai assumir essa bandeira, defendendo a reflexão e a busca por melhorias na acessibilidade dos condomínios, principalmente treinando os colaboradores para que compreendam que não são as pessoas que são deficientes, mas sim, os lugares e situações que não estão preparados para lidar com as necessidades e oferecer condições igualitárias para todos”, conclui.
Por Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche, empresa que administra mais de 850 condomínios, com 110 mil unidades
Fonte: Sindiconet
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